domingo, 3 de junho de 2018

Devorando



Mil, seiscentas e noventa e três páginas, muitas horas de leitura, de dia, de noite, de madrugada, pulando refeições e  enfim, há pouco cheguei ao final da tetralogia de Elena Ferrante.
Livros são experiências muito pessoais, e vão despertar amor, ódio ou indiferença de acordo com o eco que encontram no coração e na alma do leitor.
Estou feliz pela conclusão, mas aos prantos, antecipando a saudade de tão fantástica prosa. Saudade das amigas Lila e Lenu, tão reais que as poderia convidar para num café ouvir suas histórias. Como os personagens dos filmes, os dos livros também não precisam de nosso julgamento. São asas para voos inesquecíveis...




A Moça de Perfil







      

A Moça de Perfil

                                                                                                      

(Para Conceição Dórea)


O que via ela?


E que sonhos tinha?
Qual era o desejo
da linda mocinha?
Por onde entrava?
por onde saía?
Com quem se encontrava?
Quem nunca mais via?
Olhando de lado
um mundo quadrado
sonhando com um outro
que nunca existiu.
Mas se passa o tempo
a cada momento
se cria um alento
e o mundo sorriu.
Ainda bonita
sem laço de fita,
na vida acredita
a moça de perfil.


As Amigas da VIDA


São muitos os textos bonitinhos que circulam por aí sobre a amizade, a importância dos amigos para a nossa vida e saúde, além do papel importante da presença deles sobre a nossa saúde mental. Muitos  mesmo. E todos  são verdadeiros.
Mesmo tendo me afastado fisicamente durante o período que morei em Brasília, sempre procurei manter com meus amigos de Salvador algum tipo de contato, o que foi bastante facilitado pelas redes sociais. Entre os grupos dos quais faço parte existe um que é muito especial : O Amigas da VIDA. Assim mesmo, vida maiúscula.
O que temos em comum é que trabalhamos um dia na mesma empresa, e nessa empresa nos aposentamos. 
No mais é pura diversidade.
Modos de ver a vida, as relações, o tempo, tudo diferente.
Talvez esteja aí nossa maior riqueza. Mesmo com essas diferenças, nos momentos de necessidade, lá estão todas, fazendo o papel da rede que permite ao acrobata dar um salto no espaço. Nada de julgamento, nada de censura, nada de críticas. Só amor e respeito.
Tenho por todas um carinho imenso, e não foram poucas as vezes em que, arrisco dizer, não sei sem elas o que teria sido.
Há aquelas que vejo sempre, outras de vez em quando e há ainda as que quase nunca vejo, como é normal num grupo formado por quase trinta pessoas. Mesmo assim, a cada encontro me sinto tão querida, que vejo que distância é mesmo um conceito relativo. 

Longa VIDA a todas nós, amigas.



Almoços de Domingo

  Feijão, arroz, galinha assada. Feijão, arroz, carne de porco assada. Aos domingos era ou um, ou outro. Sempre. Mesmo sendo uma família...