terça-feira, 30 de novembro de 2010

Doces lembranças

 Tempo de chuva em Brasília, hoje feriado.

       Dia bom para ficar em casa, ler, arrumar a casa, pensar na vida. Não para mim, que tive que trabalhar. Mas enfim, ao final do dia, meu amigo-irmão me convida para um passeio. Fomos então ao Shopping Iguatemi de Brasília, que eu ainda não conhecia, apesar de haver se passado quase um ano da sua inauguração.

    Lá dentro, luxo, charme e aqueles espaços enormes que só Brasília tem. Na H. Stern, uma parada, pois meu amigo iria buscar uma correntinha que estava no conserto. Fomos atendidos por uma moça educadíssima e super atenciosa. Ofereceu um Cappuccino, que a princípio não me interessou, mas depois que meu amigo me afirmou que era “o melhor que ele já tomou em toda a sua vida”, só me restou aceitar.

         A apresentação, primorosa, os biscoitinhos derreteram na boca. Fiz coro com ele. De fato, foi também o melhor Cappuccino que provei na vida. Além do mais, o sabor forte me transportou para um outro tempo. Um  tempo em que eu trabalhava na H. Stern.

        Em 1979, recém aprovada no vestibular, estava ansiosa para trabalhar. Num tempo sem internet, eu vivia de olho nos classificados dos jornais. Domingo era o dia melhor, o dia com a maior quantidade de ofertas. Pois foi num daqueles domingos que encontrei o anúncio daquele que viria a ser o meu primeiro emprego.

        No dia da entrevista procuro no armário algo que me ajudasse a construir uma imagem que tivesse algo a ver com o mundo do trabalho. Sem sucesso, pois nesta época além de ter os cabelos enormes e cacheadíssimos, vestia roupas pra lá de originais, desenhadas por mim e costuradas por minha mãe, que balançou a cabeça de um lado para o outro. Pelo julgamento dela, nenhuma das minhas roupas me daria uma aparência “distinta”. A solução foi buscar, entre as roupas de minha mãe, algo que contasse pontos a meu favor no quesito aparência.

    Quando enfim me olhei no espelho, até que gostei. Cabelo preso, calça jeans, uma blusa de seda, colar e brincos de pérolas. Este acabou sendo meu “Modelito emprego” e foi utilizado por diversas vezes, sempre com sucesso. Ainda hoje, quando quero passar uma impressão de confiabilidade, acabo lançando mão das pérolas.

       Trabalhei na H. Stern durante um ano e adorei. Na verdade, eram duas as lojas, ambas no Aeroporto de Salvador que ainda se chamava Aeroporto dois de Julho. Uma das lojas era a joalheria e a outra, onde trabalhei, era a “Casa do Folclore” que vendia toda a parte de prataria, pedras e lembranças da Bahia. Eu trabalhava das três da tarde às nove da noite. Menos às sextas-feiras, dia do único vôo internacional, que partia de Salvador, às duas da manhã, creio que fazia escala em São Paulo, antes de seguir rumo a Paris. As madrugadas de sexta eram movimentadíssimas, muitos turistas na loja, o que me fez ter um péssimo desempenho na disciplina “Noções de Economia”, cujas aulas eram aos sábados às sete da manhã. Chegando em casa por volta das quatro horas, eu mal tinha tempo de dar uma descansada antes de sair correndo para a faculdade.

     Lembrei de tudo isso mexendo meu delicioso Cappuccino. Bebida de origem italiana, o Cappuccino nasceu, segundo a história, quando soldados austríacos que libertaram Viena, reconquistada aos turcos, encontraram sacos de café abandonados. Ao prepararem a bebida com os grãos, acharam-na muito forte, e então misturaram creme de leite e mel para amenizar o sabor. O nome segundo dizem, vem da cor amarronzada da bebida, muito similar ao Capuz dos monges da época. Blog é cultura!

     Pedi a receita para a simpática atendente. Ela imediatamente trouxe a receita “micrada” e pronta para atender ao desejo daqueles que, como eu, se encantaram com o sabor da bebida. Só não vale substituir os ingredientes pelas versões light e diet, pois o gosto ficará comprometido. É para aqueles momentos raros de puro deleite e prazer. Como não sou egoísta, partilho aqui exatamente como recebi. Quem quiser impressionar uma visita querida, escolha belas xícaras e toalhas, uma boa música, e capriche. Com certeza será também “O melhor Cappuccino” da vida de muita gente!

Cappuccino H. Stern

Uma lata de leite Ninho instantâneo

100 g de Nescafé Matinal (Vidro)

Dois copos de Nescau

Um copo de Açúcar

Duas colheres de sopa rasas de bicarbonato de sódio

Modo de fazer

Passe todos os ingredientes na peneira.

Guarde em um recipiente fechado.

Use e faça sucesso!









sábado, 6 de novembro de 2010

A entrevista da Previ

Vânia Rebelo encontrou a escrita após uma transferência dentro do Banco do Brasil

Vânia mudou-se para Brasília transferida pelo Banco do Brasil – e foi pelo BB que ela ganhou confiança em seu trabalho. Os colegas brasilienses sugeriram que ela enviasse um de seus textos para a revista BB.com.você e a crônica “O que aprendi com Odair José”  foi publicada na revista. Vânia conta que recebeu feedbacks de todo o Brasil e só então percebeu o quanto seus textos eram realmente bons. “A divulgação do meu trabalho pelo BB foi um divisor de águas: depois disso comecei a levar a literatura mais a sério”.


Quais são seus estilos literários preferidos?

Eu sou uma pessoa que lê tudo o que passa pela mão. No momento estou apaixonada por Mia Couto (um escritor africano fantástico) e relendo Machado de Assis, que eu creio ser a base da literatura. Adoro reler livros antigos, principalmente, coletâneas de crônicas – que é também o que eu escrevo.

Como o Banco do Brasil ajuda a senhora a escrever?

Foi pelo Banco que comecei a divulgar meu trabalho e passei a acreditar no que eu fazia. Mas, o que o BB mais me acrescenta é através das atividades do Centro Cultural Banco do Brasil, principalmente, o Encontro com Escritores. Já pude ouvir palestras de Martha Medeiros, Luis Fernando Verissimo e muitos outros. Nesses encontros, o escritor narra seu processo de criação e ter contato com essas experiências ajuda muito na hora de escrever. Acredito que o produzir textos é um aprimoramento sem fim, então sempre busco participar desses eventos e de alguns cursos literários.

Como você divulga seu trabalho?

Me inscrevo em vários concursos, mas a principal forma de divulgação é pela internet. Em março deste ano criei um blog, o Tô de Mala Pronta: escolhi este nome porque gosto muito de viajar e nessas viagens acabo escrevendo bastante. Para mim é como se o blog fosse uma vitrine onde posso mostras meus textos.

O que a escrita representa na sua vida?

Pra mim é um espaço de liberdade, onde eu me coloco exatamente da maneira como sou e demonstro como vejo o mundo. É um espaço que conquistei e que está fazendo muita diferença na minha vida. Não tinha ideia de que escrever e divulgar meu trabalho seria tão bom.


terça-feira, 2 de novembro de 2010

Movimento "Comente Mais"


Vi esse selinho num blog que adorei: " Quero morar em uma livraria" e resolvi aderir. Só uma ressalva: É para as leitoras e leitores também.

     Texto do movimento

"Quantas vezes você visita um blog, lê um post interessante, a mão coça para comentar, mas sai sem deixar nenhum comentário?Às vezes porque surgiu um imprevisto, ou porque esquecemos, mas acredito que se for pra falar besteira ou não curtiu o que viu ou leu é melhor nem comentar. Educação e bom senso não fazem mal a ninguém!!!
O movimento é para conscientizar todos nós da importância de deixar um comentário quando visitamos um blog, porque é através dos comentários que a interação acontece, as ideias surgem e com isso vamos melhorando o conteúdo, sempre!
Então quer fazer parte do movimento? Copie o selo se tiver um blog e se não tiver, "comentemais!!!"

Almoços de Domingo

  Feijão, arroz, galinha assada. Feijão, arroz, carne de porco assada. Aos domingos era ou um, ou outro. Sempre. Mesmo sendo uma família...